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O DB em sua 3ª formação (2010), no Viela Sebo-Café - Foto: J. C. D'Almeida

  • A banda, em seu início, teve o nome provisório de Bluenote Band, em referência a alguns projetos empreendedorísticos de Plácido Oliveira (um bar de blues, um grupo de estudos e um programa de rádio homônimos. A Bluenote Band seria a banda do bar). Tudo foi considerado inviável na cidade, restando apenas o projeto da banda.
  • Distintivo Blue foi uma expressão criada por um amigo, LudoBlues, que usa um dialeto próprio, misturando português, inglês, espanhol e neologismos. A expressão significa algo como uma boa essência, uma grande habilidade em alguma coisa, ou uma pessoa que é referência em algo. Depende muito do contexto.
  • Outro sentido para o nome da banda é o óbvio: distintivo blue é o blues que foge do convencional, aquele que tem suas próprias características, distinguindo-se dos demais.
  • Os fundadores da DB, Plácido Oliveira, Camilo Oliveira e Rômulo Fonseca foram membros de uma banda de rock setentista chamada The New Old Jam.
  • Em referência ao nome provisório de 2009, quando Plácido Oliveira e Camilo Oliveira tocam juntos, o subprojeto é chamado Bluenote Joes.
  • Quando Plácido tocava apenas com Rômulo Fonseca, o nome do projeto era The New Old Joes.


  • Quando os três membros fundadores tocavam juntos, em 2022, o nome era Original Joes.
  • A Faixa De Cara no Blues foi composta pelo baterista da The New Old Jam, Thomaz Oliveira, e era sempre tocada nos shows do grupo. Seria a primeira faixa autoral a ser gravada, caso não tivesse sido desmembrado.
  • Plácido Oliveira Mendes já se chamou Plácido Mendes Gusmão Neto Filho, mas foi alterado legalmente para diminuir o tamanho e inserir o sobrenome Oliveira, de sua mãe e avó.
  • Durante muito tempo, utilizou o sobrenome Mendes quando não usava os pseudônimos Joe Malfs ou I. Malförea. Entretanto, em 2023, decidiu passar a usar Oliveira, em homenagem à sua avó, Angelina, falecida no ano anterior.
  • Luar do Pontal é o nome de uma pousada em Ilhéus-BA, onde a primeira parte da música foi composta.
  • Quando da composição de Luar do Pontal, Plácido usou acordes maiores e com 9ª. Estes foram usados porque eram mais fáceis de fazer e doíam menos os dedos da mão esquerda, já que ainda era completamente iniciante no violão, que era de aço e estava extremamente empenado, tornando mais difícil a execução dos acordes. Este é o violão que usa até hoje (o preto de bolinhas brancas).
  • A versão original de Luar do Pontal era bastante diferente da gravada. Foi composta como um rock ao estilo Pictures of Home, do Deep Purple, para a The New Old Jam.
  • Plácido é licenciado em História pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. Considerando a profissão professor, sobretudo de Ensino Fundamental e Médio, bastante degradante, injusta e, não raro, perigosa, decidiu não segui-la, se afastando do ambiente acadêmico até 2017, quando decidiu prestar vestibular para Direito
  • O título do seu TCC em História foi: Luiz Gonzaga: rei do baião, rei do nordeste.
  • O título do seu TCC em Direito foi: Animais enquanto coisa: entendendo a raiz da subjugação.
  • Em meio ao curso, desenvolvendo uma pesquisa independente chamada Memória Musical do Sudoeste da Bahia, em moldes semelhantes ao que desenvolvera com a BLUEZinada!, decidiu tentar uma vaga no mestrado em Memória: Linguagem e Sociedade, fazendo um recorte na pesquisa, direcionando-se à cena rock de Vitória da Conquista, que conhecera de perto. Conseguiu, e atualmente segue o doutorado no mesmo programa. Tanto a segunda graduação quanto as pós são na UESB.
  • O título da sua dissertação foi: A vez dos camisas pretas: memória, formação e consolidação da cena rock em Vitória da Conquista-BA.
  • O título provisório da sua tese é: Entre a cantoria e a cena rock: memória e expressão pela música autoral de Vitória da Conquista-BA.
  • Até o momento já passaram pela banda 19 integrantes diferentes.
  • Isto se dá pela imensa dificuldade em encontrar bons músicos para blues em Vitória da Conquista-BA, cidade-natal da DB ou, simplesmente, músicos com o devido comprometimento e espírito de equipe e profissionalismo.
  • Em 2010-11, por falta de baterista, Plácido decidiu aprender a cantar e tocar cajón ao mesmo tempo, para impedir que o Distintivo Blue encerrasse suas atividades. Dessa forma, desenvolveu um estilo próprio de tocar o instrumento, usando suas influências de grandes bateristas do blues, jazz e rock, como John Bonham, Art Blakey, Ian Paice e Stewart Copeland para aplicar o peso que julga necessário e que quase nunca se vê em execuções de cajón.
  • Atualmente, passa pelo mesmo nível de desafio ao assumir o contrabaixo no Distintivo Blue simultaneamente ao canto.
  • Apesar de sempre procurar, o Distintivo Blue nunca encontrou um tecladista para integrar o projeto.
  • Extempore Blues, como o nome diz, foi criada de improviso, espontaneamente e gravada pelo próprio Rômulo Fonseca usando uma técnica peculiar: um celular antigo.
  • Ao final de De Cara no Blues ouve-se a voz de Plácido dizendo "The New Old Jam", em referência à banda para a qual foi criada.
  • Blues do Covarde é uma crítica aos covardes, do ponto de vista deles mesmos, como uma autojustificativa. A ideia é mostrar que, mesmo as pessoas más não se consideram como tais, sempre encontrando argumentos que justifiquem seus atos como justos. Esta premissa foi utilizada por Plácido em sua monografia em Direito, para argumentar sobre os porquês da subjugação entre humanos e entre humanos e não-humanos.
  • Uma das grandes preocupações do projeto é fugir do lugar-comum do blues, especialmente o nacional, que é falar de bebedeiras e amores perdidos incansavelmente.
  • Aos 15 anos Plácido foi roteirista freelancer da Maurício de Sousa Produções, tendo várias histórias de sua autoria publicadas nos gibis da Turma da Mônica.
  • Thomaz Oliveira, autor de De Cara no Blues, baterista da antiga The New Old Jam e atual Café com Blues assumiu as baquetas no primeiro show da DB. Foi convidado a integrar a banda, mas não foi possível conciliar com seus projetos à época.
  • Bob Froes, tecladista da TNOJ, fez o teclado na gravação de De Cara no Blues.
  • A gravação de Blues do Covarde possui 21 pistas.
  • O DB já foi chamado erroneamente por vários nomes diferentes, inclusive por profissionais da comunicação. Entre eles estão Distintivo Blues, Instinto Blue, Dispositivo Blue, Detetive Blue e Destino Blues. Ainda assim é mais fácil de explicar que The New Old Jam.
  • O DB recebeu 100 cópias do CD Máfia da Mortadela, coletânea de bandas brasileiras de blues, produzida pelo guitarrista Roberto Terremoto (SP) onde, pela primeira vez, uma música do Distintivo Blue, Luar do Pontal, foi publicada. Nessa coletânea, o DB foi o único artista de fora do eixo Rio-São Paulo a marcar presença.
  • Plácido foi sócio de uma livraria-café, chamada Viela Sebo-Café, onde aconteciam shows regularmente. Camilo Oliveira e Rômulo Fonseca tocaram no local com as bandas Tombstone e Freebird. Este foi o principal espaço da cena rock conquistense entre 2009 e 2014.
  • Nesta época percebeu que seu lugar era nos palcos, e não atrás de balcões. Assim, saiu da sociedade no último dia de 2009. Menos de um mês depois, faria o primeiro show do Distintivo Blue no palco do Viela. 
  • Rômulo Fonseca saiu da banda antes do primeiro show (2010), retornou menos de um ano depois e permaneceu até o fim das gravações dos dois primeiros clipes da banda (2016). Aparece em ambos e no lyric video de 2012, Miopia:


  • Todos os Dias, composição de Rômulo Fonseca, deveria ter sido lançada no segundo EP da banda, Riffs, Shuffles, Rock N' Roll, mas o baterista da época não conseguiu tocá-la no metrônomo.
  • A banda possui sua própria zine desde 2011, a BLUEZinada!
  • Todas as composições de Camilo Oliveira gravadas e tocadas no DB são em inglês Já Plácido, decidiu focar-se em compor letras em português.
  • O segundo baixista da banda, Junior Damaceno, foi assassinado em 2011, alguns meses após deixar a banda. Ficou eternizado nas gravações de Blues do Covarde e De Cara no Blues.
  • De Cara no Blues II foi composta ainda durante as sessões de ensaio com Junior Damaceno. A banda percebeu que De Cara no Blues poderia muito bem ser tocada de forma diferente e rearranjaram a música, que sofreu poucas alterações dessa época até hoje.
  • Weslei Lima, o "Corega", foi baterista nas gravações de 2012, Miopia (2013) e todo o disco Orgânico (2014).
  • 2012, Miopia foi o último suspiro da banda antes de seu hiato de 1 ano (2012-2013) e levou a banda ao X Festival de Música da Bahia, apenas com uma gravação de ensaio, feita num celular.
  • Essa gravação pode ser ouvida aqui.
  • A banda, desacreditada de seu talento e da possibilidade real de seguir em frente, decidiu encerrar as atividades no final de 2012.
  • Neste período, Plácido praticamente não escutou música, dedicando-se ao estudo para concursos públicos, o grande refúgio dos desolados.
  • Em 2013, Plácido Oliveira, Rômulo Fonseca e Camilo Oliveira, membros originais da banda, decidiram se reunir novamente para um show na Casa do Rock, em Vitória da Conquista-BA. Foi o renascimento da banda.
  • A Casa do Rock é citada na letra de N.J.J.J., lançada no EP Rockin' 10 Years Later (2020).
  • A Casa do Rock tinha, como sócio, o cantor e compositor Nem, da banda Cama de Jornal, que tem, como uma das faixas mais conhecidas, O Álcool Me Persegue, lançada pelo DB no EP Riffs, Shuffles, Rock N' Roll (2010), com a participação do próprio Nem e o baixista Rose.
  • Ouça a versão da Cama de Jornal clicando aqui.
  • A introdução da faixa foi tocada pelo próprio Rose, e se chama Os Políticos, faixa da Cama de Jornal. Apenas a versão do EP contém essa vinheta.
  • Rose usou o baixo da DB para gravar essa vinheta. Como é canhoto, tocou com o instrumento virado, mas sem trocar as cordas.

  • A ideia do EP Organico (2014) era apenas não deixar os fãs desamparados enquanto a banda se reestruturava para gravar um novo álbum de estúdio. Como tinham pouquíssimo dinheiro, resolveram gravar um "ao vivo em estúdio" para ser filmado e publicado na internet. A filmagem não deu certo, prejudicando a gravação, onde todos estavam extremamente próximos, vazando o áudio dos canais entre si. I. Malförea levou tudo para casa e mixou sozinho, mesmo sem dominar a técnica, daí a péssima qualidade sonora do disco. Mesmo assim, resolveram lançá-lo e o nome do EP resume tudo isso.
  • O disco contém gravações de duas etapas: a primeira, com todos da banda, no mesmo estúdio dos dois discos anteriores, e a segunda, no Teatro Glauber Rocha da UESB, voz e violão, com as então novas faixas Charity and Mercy, com o próprio autor, Camilo Oliveira, no violão (já como ex-guitarrista) e Blues a Rosa, com o então novo guitarrista da banda, Lavus Bittencourt no Violão. Tudo foi gravado e mixado por Plácido.

  • A banda já participou de mais de 15 coletâneas diferentes, nacionais e internacionais.
  • Nessas coletâneas, quase sempre o DB é o único representante nordestina do blues ou de fora do eixo Rio-São Paulo.
  • Plácido escreve em seu próprio blog, o site da DB, da BLUEZinada!, o Memória Musical do Sudoeste da Bahia e já colaborou com diversos sites, programas de rádio e podcasts, como o Troca o Disco.
  • Plácido é grande entusiasta da mídia podcast e estudou por bastante tempo antes de começar produzir o BLUEZinada!.
  • Todos os episódios do BLUEZinada! Podcast foram gravados na cozinha de Plácido, batizada de The Blues Kitchen, como é dito num dos episódios:

  • O podcast encerrou suas atividades após completar um ano. O motivo foi a crise que desmantelou a banda ao final de 2016, e o enorme tempo necessário à gravação e edição de cada episódio, que era feita apenas por Plácido.
  • O DB ganhou o prêmio TopBlog em 2014, pelo trabalho desenvolvido pelo seu site na divulgação do blues nacional, continuado no site da BLUEZinada!.
  • A banda teve algumas de suas letras publicadas em um livro chamado Letristas em Cena, editado por Branca Tirollo, do Clube Caiubi de Compositores e da Editora Sotaques (Piracicaba-SP).
  • O baiano Raul Seixas é o maior ídolo musical brasileiro de Plácido, desde a adolescência. Entretanto, considera a palavra raulseixismo uma bobagem.
  • O Distintivo Blue, sempre que possível, apoia instituições que cuidam de animais. Também incentiva medidas importantes, como a doação de sangue/órgãos.
  • Em 2016 o DB doou quase mil livros à biblioteca municipal de Vitória da Conquista-BA, além de materiais para abrigos de animais, como telhas e grades.
  • O DB também costuma colaborar em campanhas de crowdfunding para viabilizar trabalhos de outros artistas, seguindo o espírito colaborativo de "cena" tão presente em toda a trajetória do Distintivo Blue.
  • Em 2019-2020, Plácido, Camilo Oliveira e Nephtali Bitencourt se juntaram num novo projeto, chamado The JackHammers, onde tocavam clássicos do blues-rock e as canções autorais da DB com letras em inglês. Neste projeto, Plácido não era o vocalista principal, e sim o baixista, embora cantasse algumas músicas.
  • Nesse período, Nephtali resolveu abandonar as baquetas definitivamente, encerrando, ao menos temporariamente, as atividades da JackHammers.
  • O EP Rockin' 10 Years Later, inicialmente se chamaria The JackHammers Sound, pois seria gravado pelo trio. Com a saída de Nephtali, um baterista de estúdio foi contratado e Plácido e Camilo gravaram todo o restante. Camilo se encarregou de violões e guitarras e Plácido das vozes, baixo e meia-lua.
  • A sonoridade do EP não agradou aos Joes. Isso foi um dos pilares para que Plácido decidisse repensar seu conceito artístico e passar a produzir suas gravações, perdendo em qualidade técnica, mas ganhando em feeling e expressão artística, o que considera mais importante, já que o Distintivo Blue nunca almejou os holofotes do mainstream.


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Última atualização: 10/06/2023