A DB em sua 3ª formação (2010) - Foto: J. C. D'Almeida
- A banda, em seu início, teve o nome provisório de Bluenote Band, em referência a alguns projetos empreendedorísticos de I. Malforea (um bar de blues, um grupo de estudos e um programa de rádio homônimos. A Bluenote Band seria a banda do bar). Tudo foi considerado inviável na cidade, restando apenas o projeto da banda.
- Distintivo Blue foi uma expressão criada por um amigo da banda, Lú do Blues, que usa um dialeto próprio, misturando português, inglês, espanhol e alguns neologismos. A expressão significa algo como uma boa essência, uma grande habilidade em alguma coisa, ou uma pessoa que é referência em algo. Depende muito do contexto.
- Outro sentido para o nome da banda é o óbvio: distintivo blue é o blues que foge do convencional, aquele que tem suas próprias características, distinguindo-se dos demais.
- Os fundadores da DB, I. Malforea, Camilo Oliveira e Rômulo Fonseca foram membros de uma banda de rock setentista chamada The New Old Jam.
- A Faixa De Cara no Blues foi composta pelo baterista dessa banda, Thomaz Oliveira, e era sempre tocada nos shows do grupo. Seria a primeira faixa do grupo a ser gravada, caso não tivesse sido desmembrado.
- O nome verdadeiro de I. Malforea é Plácido Oliveira Mendes. Seu nome já foi Plácido Mendes Gusmão Neto Filho, mas foi alterado legalmente para diminuir o tamanho e inserir o sobrenome Oliveira, de sua mãe.
- Luar do Pontal é o nome de uma pousada em Ilhéus-BA, onde a primeira parte da música foi composta.
- Quando da composição de Luar do Pontal, Malforea usou acordes maiores e com 9ª. Estes foram usados porque eram mais fáceis de fazer e doíam menos os dedos da mão esquerda, já que ainda era completamente iniciante no violão, que era de aço e estava extremamente empenado, tornando mais difícil a execução dos acordes.
- A versão original de Luar do Pontal era bastante diferente da gravada. Foi composta como um rock estilo Pictures of Home, do Deep Purple, para a The New Old Jam.
- Até hoje Malforea não sabe explicar bem qual a temática central de Luar do Pontal.
- I. Malforea é licenciado em História pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, mas considerou a profissão professor no Brasil desumana e extremamente estressante, abandonando-a. Considera que é uma profissão extremamente importante e que não deve ser exercida por quem não a ama o suficiente para suportar as dificuldades.
- Até o momento já passaram pela banda 17 integrantes diferentes.
- Isto se dá pela imensa dificuldade em encontrar bons músicos para blues em Vitória da Conquista-BA, cidade-natal da DB.
- Extempore Blues, como o nome diz, foi criada de improviso, espontaneamente e gravada pelo próprio Rômulo Fonseca usando uma técnica peculiar: um celular antigo.
- Ao final de De Cara no Blues ouve-se a voz de Malforea dizendo "The New Old Jam", em referência à banda para a qual foi criada.
- Blues do Covarde é uma crítica aos covardes, do ponto de vista deles mesmos, como uma autojustificativa. A ideia é mostrar que, mesmo as pessoas más não se consideram como tais, sempre encontrando argumentos que justifiquem seus atos.
- Uma das grandes preocupações da banda é fugir do lugar-comum do blues, especialmente o nacional, que é falar de bebedeiras e amores perdidos incansavelmente.
- Aos 15 anos I. Malforea foi roteirista freelancer da Maurício de Sousa Produções, tendo várias histórias de sua autoria publicadas nos gibis da Turma da Mônica.
- Thomaz Oliveira, autor de De Cara no Blues, baterista da antiga The New Old Jam e atual Café com Blues assumiu as baquetas no primeiro show da DB.
- Bob Froes, tecladista da TNOJ, fez o teclado na gravação de De Cara no Blues.
- A gravação de Blues do Covarde possui 21 pistas.
- A DB já foi chamada erroneamente por vários nomes diferentes, inclusive por profissionais da comunicação. Entre eles estão Distintivo Blues, Instinto Blue, Dispositivo Blue, Detetive Blue e Destino Blues. Ainda assim é mais fácil de explicar que The New Old Jam.
- A DB recebeu apenas 100 cópias do CD Máfia da Mortadela.
- Malforea foi sócio de uma livraria-café, onde aconteciam shows regularmente. Camilo Oliveira e Rômulo Fonseca tocaram no local com as bandas Tombstone e Freebird.
- Nesta época percebeu que seu lugar era nos palcos, e não atrás de balcões.
- Rômulo Fonseca saiu da banda antes do primeiro show (2010), retornou menos de um ano depois e permaneceu até o fim das gravações dos dois primeiros clipes da banda (2016). Aparece em ambos e no lyric video de 2012, Miopia.
- Todos os Dias deveria ter sido lançada no segundo EP da banda, Riffs, Shuffles, Rock N' Roll, mas o baterista da época não conseguiu tocá-la no metrônomo.
- A banda possui sua própria zine desde 2011, a BLUEZinada!
- Camilo Oliveira prefere compor músicas com letras em inglês Já Malförea, decidiu focar-se em compor letras em português.
- O segundo baixista da banda, Junnior Damaceno, foi assassinado em 2011, alguns meses após deixar a banda. Ficou eternizado nas gravações de Blues do Covarde e De Cara no Blues.
- "De Cara no Blues II" foi composta ainda durante as sessões de ensaio com Junnior Damasceno. A banda percebeu que "De Cara no Blues" poderia muito bem ser tocada de forma diferente e rearranjaram a música, que sofreu poucas alterações dessa época até hoje.
- Weslei Lima, o Corega, foi baterista nas gravações de 2012, Miopia (2013) e todo o disco Orgânico (2014).
- 2012, Miopia foi o último suspiro da banda antes de seu hiato de 1 ano (2012-2013) e levou a banda ao X Festival de Música da Bahia, apenas com uma gravação de ensaio, feita num celular.
- Essa gravação pode ser ouvida aqui.
- A banda, desacreditada de seu talento e da possibilidade real de seguir em frente, decidiu encerrar as atividades no final de 2012.
- Neste período, I. Malforea praticamente não escutou música, dedicando-se ao estudo para concursos públicos.
- Em 2013, I. Malforea, Rômulo Fonseca e Camilo Oliveira, membros originais da banda, decidiram se reunir novamente para um show na Casa do Rock, em Vitória da Conquista-BA. Foi o renascimento da banda.
- A Casa do Rock é citada na letra de N.J.J.J., lançada no EP "Rockin' 10 Years Later" (2020).
- A Casa do Rock tinha, como sócio, o cantor e compositor Nem, da banda Cama de Jornal, que tem, como uma das faixas mais conhecidas, O Álcool Me Persegue, lançada pela DB no EP Riffs, Shuffles, Rock N' Roll (2010), com a participação do próprio Nem e o baixista Rose.
- A introdução da faixa foi tocada pelo próprio Rose, e se chama Os Políticos, faixa da Cama de Jornal. Apenas a versão do EP contém essa vinheta.
- Rose usou o baixo da DB para gravar essa vinheta. Como é canhoto, tocou com o instrumento virado, mas sem trocar as cordas.
- I. Malforea é o único membro que está no grupo desde o início, sem sair.
- A ideia do EP Organico (2014) era apenas não deixar os fãs desamparados enquanto a banda se reestruturava para gravar um novo álbum de estúdio. Como tinham pouquíssimo dinheiro, resolveram gravar um "ao vivo em estúdio" para ser filmado e publicado na internet. A filmagem não deu certo, prejudicando a gravação, onde todos estavam extremamente próximos, vazando o áudio dos canais entre si. I. Malforea levou tudo para casa e mixou sozinho, mesmo sem dominar a técnica, daí a péssima qualidade sonora do disco. Mesmo assim, resolveram lançá-lo e o nome do EP resume tudo isso.
- O disco contém gravações de duas etapas: a primeira, com todos da banda, no mesmo estúdio dos dois discos anteriores, e a segunda, no Teatro Glauber Rocha da UESB, voz e violão, com as então novas faixas Charity and Mercy, com o próprio autor, Camilo Oliveira, no violão (já como ex-guitarrista) e Blues a Rosa, com o então novo guitarrista da banda, Lavus Bittencourt no Violão. Tudo foi gravado e mixado por I. Malforea.
- A banda já participou de 15 coletâneas diferentes, nacionais e internacionais. A maioria está disponível para streaming.
- Nessas coletâneas, quase sempre a DB é a única representante nordestina do blues ou de fora do eixo Rio-São Paulo.
- I. Malforea escreve em seu próprio blog, o site da DB, da BLUEZinada!, e já colaborou com diversos sites, programas de rádio e podcasts.
- I. Malforea é grande entusiasta da mídia podcast.
- Todos os episódios do BLUEZinada! Podcast foram gravados na cozinha de Malförea, batizada de The Blues Kitchen, como é dito num dos episódios.
- O podcast encerrou suas atividades após completar um ano. O motivo foi a crise que desmantelou a banda ao final de 2016, e o enorme tempo necessário à gravação e edição de cada episódio, que era feita apenas por Malförea.
- A banda ganhou o prêmio TopBlog em 2014, pelo trabalho desenvolvido pelo seu site na divulgação do blues nacional, hoje feito pelo site da BLUEZinada!
- A banda teve algumas de suas letras publicadas em livro.
- O baiano Raul Seixas é o maior ídolo musical brasileiro de I. Malforea, desde a adolescência. Entretanto, considera a palavra raulseixismo uma bobagem.
- A banda, sempre que possível, apoia instituições que cuidam de animais. Também incentiva medidas importantes, como a doação de sangue/órgãos.
- Em 2016 a DB doou quase mil livros à biblioteca municipal de Vitória da Conquista-BA, além de materiais para abrigos de animais, como telhas e grades.
- A DB também costuma colaborar em campanhas de crowdfunding para viabilizar trabalhos de outros artistas.
- Em 2019-2020, I. Malförea, Camilo Oliveira e Nephtali Bitencourt se juntaram num novo projeto, chamado The JackHammers, onde tocavam clássicos do blues-rock e as canções autorais da DB com letras em inglês. Neste projeto, Malförea não era o vocalista principal, e sim o baixista, embora cantasse algumas músicas.
- Nesse período, Nephtali resolveu abandonar as baquetas definitivamente, encerrando, ao menos temporariamente, as atividades da JackHammers.
- O EP Rockin' 10 Years Later, inicialmente se chamaria The JackHammers Sound, pois seria gravado pelo trio. Com a saída de Nephtali, um baterista de estúdio foi contratado e Malförea e Camilo gravaram todo o restante. Camilo se encarregou de violões e guitarras e Malförea das vozes, baixo e meia-lua.
Post em constante atualização. Alguma dúvida ou sugestão?

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